O que define um bom líder?
- Marielly Andrade - Lugar de Mulher.Ceo
- 19 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Esse é o tema de um dos artigos de liderança mais famosos do Daniel Goleman, um dos psicólogos que mais estudou as competências que são responsáveis pelo excelente desempenho dos líderes das maiores organizações mundiais. Nesse estudo as competências foram agrupadas em:
- Competências técnicas; 
- Habilidades cognitivas; e 
- Competências comportamentais que revelam inteligência emocional. 
A constatação desse estudo foi que quanto mais elevada era a posição do profissional no ranking de desempenho, mais evidentes eram seus atributos de inteligência emocional que explicavam essa eficiência. Praticamente 90% da diferença entre profissionais tidos como medianos do tidos como brilhantes foi atribuída às competências relacionadas à inteligência emocional e não às habilidades técnicas.

Dentro do escopo de inteligência emocional, há um conjunto de cinco habilidades:
- Autoconhecimento: Conhecer seus pontos fortes e fracos, suas motivações e valores, seu próprio estilo de trabalho, comunicação e liderança, bem como, o impacto causado por esses fatores. 
- Autocontrole: Lidar, controlar e redirecionar impulsos, reconhecendo os gatilhos, sentimentos e estados de ânimo que podem prejudicar a criação de um ambiente de confiança e até a sua própria credibilidade. 
- Motivação: Ter prazer na conquista profissional em si, encontrar verdadeiramente suas fontes de realização e fazer disso o impulso para buscar novas abordagens de trabalho, metas e fatores de desenvolvimento. 
- Empatia: Estar atenta aos sentimentos, impactos e comportamentos da sua equipe, para sentir, compreender e muitas vezes mediar os diferentes pontos de vista. 
- Destreza social: Navegar bem em diferentes ambientes, construindo relacionamentos e exercitar sua capacidade de influenciar as pessoas para seguirem a direção que você deseja. 
E é possível aprender a ter inteligência emocional? Sim! Mas ela não ocorre sem o seu consentimento e tampouco sem o seu esforço. Além disso, ela é consequência de outro fator muito importante para um líder, a maturidade.
É preciso maturidade para olhar para dentro e fazer uma jornada de autodescoberta genuína que é o que realmente pode promover mudanças profundas em si mesmo e em sua vida e se você for capaz disso, você será ainda mais capaz de beneficiar a sua organização e inspirar a sua equipe.
Combinar o trabalho individual e voltado para dentro com ações voltadas para o exterior pode ajudar a criar mudanças duradouras e a lidar com as transformações que a liderança exige. Mas isso não quer dizer que seja fácil, afinal, liderar é mobilizar as pessoas rumo à transformação necessária para que os resultados e objetivos sejam alcançados, é preciso lembrar que assim como as pessoas são motivadas por estímulos diferentes, nós também temos um estilo próprio de como conduzir esse processo.
Falar abertamente sobre esses desafios, ter uma rede de apoio para aprendizado e suporte mútuos e ter direcionamento com técnicas, ferramentas e vivência é o que eu acredito ser o combo do "caminho certo". E essa é a forma como eu trabalho no meu programa LiderAção de formação e lapidação de líderes. E para você, o que define um bom líder?



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